14 de dez. de 2012

Eu, tocando violão pra uma tulipa branca

Ultimamente, to tendo uns tempos de paz. Sinceramente, as coisas que me preocupam são resolvíveis e não fazem pressão por muito tempo na minha mente. Isso é gostoso, é bom saber que sua maior preocupação está a cinco passos de ser resolvida.

Eu gosto de aproveitar esses tempos, dá até pra dormir gostoso. 
E aí, esses dias, venho usando meu tempo pra muita coisa boa. Aprender a tocar violão é uma delas. Veja bem: ganhei meu violão há três anos. Meu padrinho achava que milagrosamente eu ia aprender a tocar. O violão ficava pegando poeira, em cima do guarda roupa. As cordas velhas, fodidas. Triste esse violão, que ninguém tocava.
Eu não aprendia por simples falta de tempo (na verdade, má administração, hoje admito). Mas agora, meus amigos lá na faculdade me incentivaram a aprender.

Bem, chegando de férias, vim determinado. Troquei as cordas, aprendi a afinar, aprendi a ler tablatura e parti pra guerra de calejar dedos. Consigo tirar um sonzinho, bem primitivo e simples, mas ele sai gostoso. É muito bom o momento em que você tira do violão os primeiros acordes, mesmo que todos sejam desafinados, sem ritmo, sem ordem. Mas você ouve, lá no fundo, que aquele som descoordenado que você fez, um dia vai virar música.
Eu sou o tipo de cara que, quando possível, batalha muito tempo numa coisa, até desistir. Pois é, garanto que vou aprender violão dessa vez.

E aí, nessa onda de paz, tudo tá funcionando bem. Meu sono, ultimamente vem gostoso, me descansa por inteiro. Você leitor, não sabe há quanto tempo eu não tenho uma noite de sono que me faz descansar de verdade (chuta aí uns 6 meses, talvez mais). Isso me permite até sonhar. Não se assuste: diferente de muita gente que eu conheço, eu me lembro dos meus sonhos com uma frequencia não muito alta. Eu sei que sonho, mas não sei o que. Bem, desde uns dois meses, essa frequência vem aumentando.
Meu último sonho foi assim:

Era um ginásio de escola. Pelo jeito, algum tipo de concurso de qualquer coisa, em que o aluno mostra o que ele sabe fazer pra platéia ver e se divertir. Eu subi lá com o violão, olhando pra todo mundo. Avistei uma moça lá no meio da platéia. Moça especial essa, mas não é a mesma de antes.
Disse "essa música aqui vai pra uma moça bem especial, aí na platéia. Obrigado". As luzes se desligaram, deixando apenas dois holofotes me iluminando, enquanto eu começava a tocar a música.
Ouça-a aí. Linda, não podia escolher melhor.



Comecei a tocar Smile, do David Gilmour. Eu sou doido por Pink Floyd, mas o meu favorito do grupo é o Gilmour, pela qualidade das coisas que ele faz. Pra mim, tocar Smile praquela garota foi o ápice da minha capacidade violeira.

Então, eu toquei a música até o primeiro solo de violão. Tava tudo certo, minha voz finalmente tava do jeito que eu queria (to tentando aprender a cantar também). Aí, mais ou menos em 1:50 da música (acompanha no vídeo aí), eu comecei a descer do palco, em direção à platéia. Fui tocando, até chegar na moça especial. Na frente dela, terminei o solo e voltei a cantar (o microfone misteriosamente se materializou na minha frente). Ela não se aguentava de emoção, ficava dando sorrisos toda hora (aquele sorriso lindo...). Aí terminei a música, como se tivesse conversando com ela. 
Depois, falei mais algo que não me lembro e acordei com Smile na cabeça. Tá vendo? Eu sou até um cara legal, no final das contas.

Bem, moça do sonho, espero que tenha gostado, porque eu gostei muito desse sonho. Vai pra minha lista "sonhos preferidos do milênio".
Um dia, espero realmente tocar essa música pra você. Juro que aprendo a cantar e tocar direito antes.

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